As coisas eram tão mais fáceis quando éramos crianças. Não havia preocupações, nem responsabilidades, principalmente, não havia sentimentos e dúvidas e corações partidos.
Relembrar a minha infância é uma das coisas que sempre me faz sorrir. Eu era tão feliz e não sabia, talvez devesse ter aproveitado mais enquanto podia.
Nunca fui uma garota como as demais. Sempre gostei de brincadeiras de meninos, sempre vivi rodeada pelos meus primos. E quando um deles começou a namorar, o que eu era mais apegada, eu comecei a entender a dor da perda, isso com meus 3,4 anos de idade.
Relembrando nossa infância é possível perceber que quem somos hoje, começou a ser formado a muito tempo e devemos nossa personalidade às pessoas que nos rodearam quando éramos crianças. Pessoas que nos ensinaram, nos machucaram, muitas vezes. Mas, que estiveram sempre nos dizendo o que é certo e errado.
Seu caráter, seus princípios, sua personalidade bem ou mal formada atualmente, é culpa da sua infância.
Acho que sempre tive que ser madura o bastante pra conviver com todas as coisas conturbadoras na minha família. Tive que aprender a dor da perda muito nova. Tive que aprender que a vida não é como você espera.
Mas, apesar de tudo, eu era incrivelmente feliz. Eu tinha tudo que queria e todas as pessoas que amava ao meu redor. E hoje, só me resta a saudade. A saudade de um tempo de maravilhas, um tempo onde acreditar em contos de fadas não era ruim, um tempo onde eu não tinha a menor ideia de tudo que aconteceria comigo. A saudade das brincadeiras, dos amores de infância, dos risos, da alegria. A saudade que ficará guardada para todo o sempre, de pessoas e lugares que não voltarão.
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